Envolta em nuvens, eis Konohana Sakuya Hime, divindade residente do Monte Fuji. Na mão direita, leva um espelho, símbolo xintoísta de pureza. A mão esquerda segura um galho de sakaki, árvore sagrada com poderes sobrenaturais. Sakuya Hime enfeita o cabelo com uma graciosa tiara em forma de borboleta.
Seu imaculado vestido branco está representado no estilo característico de Hokusai, num drapejado delirante de traços marcados.
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As areias do tempo passaram e, na era medieval (séculos XIV a XVI), Sakuya Hime passou a ser associada ao Fuji, por meio de tradições folclóricas não registradas nos autos.
Há muito que o Fuji era relacionado com personagens femininas. A Crônica do Monte Fuji (Fugaku ki, c. 877), por exemplo, narra a aparição fantástica de duas mulheres vestidas de branco próximo ao cume, e as Narrativas do cortador de bambu (Taketori monogatari, mesmo período) conclui com a heroína celestial retornando aos céus exatamente sobre o Fuji.
Kaguya Hime era mulher.
No período Edo, a divindade tornou-se uma das principais figuras do culto ao Monte Fuji, o Fujikô.
Outros dizem que esta Deusa, cujo longo nome significa “Senhora que faz as árvores florescerem”, era filha do Deus das montanhas e irmã da Deusa das pedras, ela mesma regia a Terra, a natureza, o fogo e as cerimônias.
Uma forma alternada é Kaguya-Hime-No-Mikoto,a princesa lunar, seu nome significa “beleza e brilho”, e seu dom para a humanidade foi a árvore e o aroma de canela.
Dizem que neste dia se acenda um incenso de canela e peça à Deusa para que floresça as situações que queira em sua vida e enfeitar o cabelo com flores de cerejeira neste dia, traz um amor.
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