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26.5.20

Hanasaka Jiisan - A história do velho que fez as cerejeiras florescer


Oiee Amores (。♥‿♥。)
Viim com uma lenda muito legal chamada, Hanasaka Jiisan - A história do velho que fez as cerejeiras florescer.
Essa lenda conta a historia de um senhor idoso que morava em uma pequena aldeia nas montanhas do japão, ele tinha uma esposa e juntos tinham um amado cachorrinho chamado de Shiro, essa historia faz a gente refletir muito e pensar nas coisas e pessoas ao nosso redor.
A historia é um pouco longa, mas vale a pena.. Espero que gostem.

Bjinhos :**
 
 
Há muito tempo atrás em uma pequena e remota aldeia montanhosa no Japão, morava um honrado casal de idosos que se sustentavam trabalhando no cultivo de seu modesto pedacinho de terra. O casal mantinha em seu lar um cãozinho que se assemelhava à um pequeno lobo de pelagem tão branca quanto a neve, nomeado por eles de “Shiro”, que significa branco em japonês. Sem filhos, os bondosos velhinhos doaram ao amado cachorrinho todo o carinho de sua velhice.


Shiro acompanhava todos os dias o trabalho de seus donos no campo. Um dia, durante o serviço, Shiro estava se divertindo correndo de um lado para o outro, quando, de repente, começou a latir inquietamente. O cão correu até o velho, agarrou seu kimono com os dentes e o puxou até o lugar onde começou rapidamente a cavar. Logo, o senhor pegou sua enxada para ajudar e, para sua grande surpresa, atingiu um monte de pedras de ouro. O cãozinho latiu todo orgulhoso, olhando com ternura para seu dono e foi recompensado com muito carinho. Entusiasmados, partiram juntos para casa para compartilhar suas novidades. O casal, que tinha um coração generoso, repartiu o tesouro descoberto com toda a vila.
  

Na casa ao lado de seus campos morava um outro casal de idosos, gananciosos e mesquinhos, odiavam seus bons vizinhos e, principalmente, o cachorro. Quando ouviram o que havia ocorrido, apressadamente bateram na porta do casal clamando por ajuda. O casal invejoso pediu permissão para que Shiro, por precaução, pudesse ficar com eles por apenas um dia.

Sendo bastante generosos, os velhinhos emprestaram seu amado cãozinho aos vizinhos, dizendo com firmeza para que cuidassem muito bem do pequeno peludo.

O velho malvado, ao se distanciar da casa, amarrou uma corda em volta do pescoço de Shiro, pegou sua ferramenta e partiu em busca do ouro forçando o cão a segui-lo. Impaciente, gritava incessantemente com Shiro, puxava seu pescoço com força e empurrava violentamente sua cabeça em direção ao chão.
 
Por fim, Shiro parou em baixo de uma árvore e começou a cheirar. Então, pensando de imediato que algumas moedas de ouro estavam enterradas ali, empurrou o cachorrinho para longe e começou a cavar. Depois de muito cavar, começou a sentir um cheiro desagradável e finalmente, ao invés de moedas de ouro, encontrou uma imensa quantidade de lixo.

Furioso, culpou o cão por sua decepção, e com a ponta da enxada atingiu Shiro, matando-o com o golpe. Em seguida, voltou para casa, não dizendo a ninguém, nem mesmo a sua esposa, o que tinha feito.
 
O casal bondoso de velhinhos, ansiosos de tanto esperar pelo retorno de Shiro, decidiram perguntar aos vizinhos do lado se estava tudo bem com o cão. Ao serem atendidos, ouviram a triste e dolorosa confissão do vizinho, que havia matado o pequeno Shiro em um ataque de raiva. Então, o bom velho, entristecido e com o coração pesado, foi até o local da morte de seu amado companheiro, pegando o corpo em seus braços e o levando de volta para casa.

Em lágrimas, o casal enterrou o corpinho sem vida do pequeno Shiro. Sobre a simples sepultura, todos os dias, o pobre casal regava a terra com lágimas de saudades. No local, um pequeno broto nasceu do chão acima de seu túmulo. No dia seguinte, misteriosamente cresceu, transformando-se em uma imponente árvore. E não parou mais de crescer, no próximo dia, dobrou em altura, e assim foi continuamente até não mais conseguirem ver seus mais altos ramos. O bondoso casal sentiu que a bela árvore estava repleta do saudoso espírito de Shiro.
 

Em uma noite, quando o idoso estava profundamente adormecido em sua cama, o espírito de Shiro o visitou em seus sonhos, para agradecer por todo amor que havia recebido e, antes de desaparecer, apontou para a árvore que havia nascido sobre sua sepultura.

Certa noite, após uma intensa tempestade, a frondosa árvore tombou. Em homenagem a seu fiel amigo, o casal decidiu usar seu tronco para construir um pilão para preparar a massa do mochi, um bolinho muito apreciado por seu saudoso cãozinho. Ao amanhecer, o casal trabalhou duro, motivados a sovar uma bela massa para o mochi. Então, depois de pronto o pilão, ele e sua esposa começaram a preparar os bolinhos de arroz glutinoso que o Shiro tanto gostava. Quando o velho homem começou a bater a massa, notou com surpresa que começou a se transformar em moedas de ouro, e continuou, mais e mais, surgirem moedas sem limites.

E mais uma vez todo o ouro milagrosamente recebido foi dividido entre os habitantes da vila. Mas os gananciosos vizinhos, após ouvir a notícia, decidiram que deveriam ter de qualquer jeito aquela massa mágica. Mais uma vez, o velho cobiçoso foi visitar o casal e, com lágrimas falsas, disse que arrependido, também se afligia pelo pobre Shiro e desejava fazer alguns bolos em sua memória. E, lamentou por não ter um pilão para bater o arroz, pedindo emprestado o do bondoso velhinho.

Mas logo que o casal tentou usá-lo, todo o arroz foi transformado em uma espécie de lama preta. Então, furiosos, cortaram o pilão em pedaços e o atiraram ao fogo. O bom velho, ao ir buscar seu precioso artefato emprestado, tudo o que encontrou foram cinzas. Pacientemente, recolheu as cinzas do que restou e as colocou em um pequeno cesto, o carregando cuidadosamente de volta para casa. Ao chegar ao jardim de sua terra, um vento forte subitamente soprou e as cinzas se espalharam pelo ar. Alcançando uma árvore morta que, surpreendentemente começou a florescer. De suas ramas, pouco a pouco foram surgindo belas flores de cerejeiras, até preencher todos os galhos. Uma árvore após a outra, á medida que as cinzas tocavam os ramos, as flores brotavam e o forte perfume se dispersava por toda parte.
 

A surpreendente notícia do maravilhoso milagre do idoso e o espírito de Shiro correu por toda aldeia, chegaram cada vez mais longe, e em pouco tempo, até os ouvidos da corte e, dos Samurais do reino. O velho foi escoltado então até a “Cidadela do Castelo”, carregando consigo seu precioso cesto de cinzas. A pedido de seu soberano polvilhou um pouco das cinzas nas árvores próximas e, para espanto dos aristocratas e guerreiros que assistiam, imediatamente brotaram novas e belas flores do sakurá. Todos ficaram admirados e emocionados com a beleza das flores fora da estação, pois a cerejeira, por sua beleza e brevidade, é considerada a flor símbolo dos corajosos Samurais.

O Daimyo (senhor feudal no Japão) explodiu em alegria, satisfeito com o belo espetáculo, recompensou-lhe com ricos kimonos de seda entre outros preciosos presentes. O nobre ordenou que, doravante, o velho fosse chamado pelo nome de Hana-Saka-Jijii, ou “O Velho que faz florescer as árvores”. De agora em diante, todos o reconheceriam por esse nome. E enviou-o de volta para casa em regozijo.
 

E, assim como acontecera antes, quando seus invejosos vizinhos souberam da fama e fortuna, não puderam suprimir toda a inveja e o ciúme que encheram seus secos corações. Dispostos a obterem lucro desta vez, recolheram todas as cinzas que ainda restaram do pilão mágico queimado em sua casa. Despejando-as em uma caixa, o velho seguiu rumo a cidade do castelo. Chegando lá, alardeou aos quatro ventos que era o verdadeiro homem que detinha o poder de reviver árvores mortas e fazer com que elas florescessem.  Aproveitando a passagem do séquito do Daimyo de volta ao Castelo, o astuto subiu em uma árvore seca e gritou: “Aqui está o verdadeiro homem que pode fazer florescer árvores mortas!”

Com tanto clamor, o velho foi ouvido pela tropa que parou, e lhe foi ordenado que provasse seu poder.

Porém, quando o impostor começou a espalhar as cinzas, não apareceu nenhum botão, muito menos uma flor. Pensando não ter usado cinzas suficientes, o velho pegou alguns punhados e os espalhou novamente sobre a árvore seca, novamente, sem nenhum efeito. Desesperado, o farsante chegou a evocar Konohana Sakuya Hime – a deusa da Floração, que segundo a lenda, por onde passa, as flores desabrocham. Mas, seu coração invejoso não foi atendido, e nenhuma flor surgiu; Porém, as cinzas espalhadas voaram enchendo os olhos e a boca do daimyo, cegando e sufocando-o. Furioso, o nobre ordenou que o trapaceiro fosse preso e jogado no calabouço do Castelo.

Segundo contam, devido a idade avançada e os suplícios do velho, o governante, depois de repreendê-lo duramente, acabou por perdoar, libertando-o. Pois conforme dita a sabedoria popular japonesa “O castigo dos mortos é bem pior que o castigo dos vivos”. Contam até que, depois de tantas maldades, o invejoso acabou por arrepender-se, mudando de vida.

O bom ancião, no entanto, com todo o tesouro que seu velho amigo Shiro tinha lhe proporcionado, mesmo dividindo com todo o povo da aldeia, sobrou o suficiente para o velho casal viver tranquilo e em abundância o resto de sua feliz vida, amada e respeitada por todos.

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2 comentários:

  1. Eu estou fascinada com essa história. Eu e minha mãe somos apaixonadas por sakuras, com certeza lerei para ela ♥

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    1. Ownnnnnn, a historia tem sua parte triste mas também partes boa, espero que goste e ler siiim, ela vai adorar 004

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